quinta-feira, 9 de junho de 2011

Soneto da Paternidade

À toda minha atenção escaparia
O momento em que Helena fez-se inteira
Só faltou dizer-me: "Achou!". Quem diria
Foi dela a primeira brincadeira

Bebês fazem pouco, quase nada
Não te olham, não te riem, egoístas
Mas dessa linguagem muda, calada
Criam sonhos. Demônios. Artistas.

E uma grande obra ela produz insuspeita
Até quando de chorar se esvai
A cada sorriso, careta ou bocejo

Ou no rosto, em que bobo me vejo
Mesmo dormindo, serena, perfeita
Helena de mim faz um pai

2 comentários:

  1. Uau! Nossa, Guiguinho! Muito lindo esse soneto! Fico orgulhosa de você, e feliz pela Heleninha, sortuda, que tem um papai como você! Parabéns

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  2. Brigado Lequinha. Ficar assim bobo e feliz e inspirado com ela é covardia, ela é que é lindinha demais! :)

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